Odontologia para animais

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Cárie em caninos

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A cárie é um processo de desmineralização do esmalte, dentina ou cemento provocado por bactérias e seus subprotudos ácidos. É muito rara nos cães.


Acredita-se que a baixa incidência deva-se ao pouco contato entre os dentes vizinhos, poucos dentes apresentarem face oclusal com fóssulas, sulcos,etc., pH mais alto (básico) que do homem e por dietas não cariogênicas (poucos carboidratos).

Clareamento Dental em cães

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Sem conhecer o desemprego, os baixos salários e os altos custos para manter uma clínica odontológica, os profissionais que se dedicam à Odontologia Veterinária só tem motivos para sorrir: são cada vez mais os donos de cães e gatos que procuram cuidados específicos para os seus animais de estimação, que vão desde uma simples limpeza até tratamento ortodôntico. A moda agora é o clareamento dental de cães e gatos.




João Villago, dono de uma rottweiler com três anos (na foto acima), já gastou mais de 25000 Reais com cuidados de saúde, só na parte Odontológica foram 12000 Reais. Segundo João, a boca é a parte mais importante de um cão, define a sua identidade e posição perante outros animais. Hanna, a cadela rottweiler, fez tratamento ortodôntico durante dois anos. Devido à dificuldade na higiene oral do animal, ficou com os dentes bastante amarelados. O clareamento dental vai dar à Hanna um ar mais agressivo, mais forte, diz o dono, que não poupa elogios à Clínica OdontoDogs, localizada num bairro nobre de São Paulo e que acompanha o desenvolvimento dentário da cadela há 2 anos.

Até há poucos anos atrás, este tipo de tratamento era reservado aos animais de competição, mas com a evolução das técnicas e diminuição nos custos dos tratamentos, já é cada vez mais normal ouvir a frase Vou levar o cachorro no dentista.

Fonte: FJV

Mau hálito canino

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Em geral o mau hálito ocorre pela presença da placa bacteriana em cachorros.

O "tártaro", termo usado popularmente para placa bacteriana e para o cálculo dentário, é formado inicialmente por um biofilme constituído essencialmente por bactérias. Este biofilme localiza-se sobre a superfície dental e acumula-se principalmente no sulco gengival, onde a limpeza natural pelo fluxo salivar e abrasão dos alimentos e da língua é dificultada. Conforme esta placa bacteriana vai se organizando são formados subprotudos de seu metabolismo que lesam o tecido gengival causando a GENGIVITE. Com o avançar do processo, haverá uma resposta imunológica do paciente, que passará a atuar como fator de destruição acelerada das estruturas de suporte do dente, com reabsorção óssea e retração gengival. 

Por isso observamos mobilidade dental, exposição de furca e até perda do dente. A partir deste momento, a lesão torna-se irreversível denominando-se DOENÇA PERIODONTAL. A placa, pela precipitação de sais minerais e glicoproteínas presentes na saliva, é então mineralizada e forma-se o CÁLCULO DENTAL, que por ter sua superfície rugosa favorecerá o acúmulo de mais placa na sua superfície.

Anatomia da dentição caninha

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O cão começa a troca da dentição com aproximadamente quatro meses. A persistência da dentição decídua (dentes de leite) deve ser resolvida com a extração dos mesmos, prevenindo e evitando problemas de maloclusão e acúmulo de placa bacteriana.

A escovação deve ser iniciada logo que possível, ainda na dentição decídua, facilitando assim o condicionamento do animal. Brinquedos e ossinhos artificiais ajudam na prevenção da placa bacteriana, porém nada substitui a escovação, que deverá ser diária. Ossos longos naturais não são recomendados pelo grande risco de fraturas dentárias.
O exame da cavidade oral deve seguir uma seqüência, examinando toda cabeça do animal: contorna da cabeça, pele, plano nasal, olhos, lábios, dor à abertura bucal, palato, língua, orofaringe, gengiva e órgão dental. Deve-se atentar também, para afecções sistêmicas. Todo exame clínico deve ser registrado em ficha específica (odontograma).
Anatomia

O dente é composto basicamente de dentina, sendo coberto pelo esmalte na porção da coroa, e por cemento na porção radicular. O dente está ancorado no alvéolo dentário da mandíbula ou maxila, rodeado de tecido conjuntivo denso denominado ligamento periodontal.

Os dentes podem ser uni, bi ou triradiculares, sendo que cada raiz apresenta um só canal. Dentro do canal, existe um tecido conjuntivo frouxo, contendo vasos sanguíneos e linfáticos, além de enervação. Este tecido é denominado polpa dentária. A polpa é responsável pelo envelhecimento do dente; desta forma, o animal jovem tem um canal amplo em relação à parede de dentina, e no animal velho, encontramos um canal mais estreito.

A irrigação sanguínea e linfática da polpa adentra o dente através de foraminas presentes no ápice da raiz, compondo o Delta Apical

Ortodontia caninha

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Poucas pessoas imaginam que um cão ou gato possa usar um aparelho ortodôntico. Mas alterações na oclusão perfeita deles podem trazer sérios problemas para a saúde assim como ocorre no homem. orto2.JPG - 18619 Bytes

Fraturas de maxilar com consolidação imperfeita, dentes de leite (decíduos) que permaneceram na arcada dentária adulta, aparecimento de dentes extras e crescimento anormal da mandíbula, são apenas algumas das causas que podem levar um determinado dente a se posicionar no local errado dentro da arcada dentária e com isso provocar até perfurações do palato (céu da boca), agravamento de doença periodontal, dificuldade na mastigação, desgaste de outro dentes e problemas na articulação da mandíbula.

A alteração estética é sempre levada em consideração pelo proprietário mas o mais importante é retornar o animal para uma condição de saúde e normalidade onde ele possa se alimentar e abrir e fechar a boca sem problemas. orto.JPG - 23345 Bytes

Será que meu cão tem a mordida perfeita?

Para saber se a oclusão ( relação entre os dentes e as demais estruturas bucais quando a boca se encontra fechada) do seu cão é normal siga o esquema baixo.

Atenção: Algumas alterações são admitidas e até desejadas em determinadas raças, portanto pesquise a raça do seu cão para saber se uma alteração faz parte do seu padrão racial ou não.

Importante: Defeitos dentais são geralmente hereditários. Se seu cão possui defeitos diagnosticados por um médico veterinário ele não deve ser usado na reprodução pois a probabilidade de seus filhotes apresentarem o mesmo defeito é grande.

Avaliação da oclusão canina:

1. Simetria da cabeça, focinho e dentição.

2. Cães adultos não devem apresentar dentes decíduos (de leite) ou falta de dentes por causa genética (não traumática) e nem dentes duplos.

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Persistência do canino superior esquerdo.
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3. Os dentes incisivos podem se encontrar (superiores e inferiores) topo a topo, tesoura ou com prognatismo segundo a raça.

4. Os caninos inferiores se acomodam entre o último dente incisivo e o canino superior. Este é o ponto de referência mais fácil de ser avaliado.

5. Pré molares: as cúspides (pontas da coroa) dos dentes devem coincidir com os espaços entre o 3o e 4o pré molares superiores.

6. O 4o pré-molar superior cobre parcialmente o 1o molar inferior quando a boca está fechada.

7. Em cães: os dentes molares se tocam topo a topo.

 

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Modelo com oclusão canina normal.